O Portugarte é uma plataforma cultural que tem como principal finalidade divulgar a arte que se insere nos países de língua portuguesa.
Somos, eu e tu, parte de uma estrutura que se quer comunitária na actividade underground. Somos tantos a querer falar, que é uma pena estar calado. Assim queremos existir, a berrar ao ouvido a informação artística que não merece coabitar com o silêncio. A mostrar o que se faz de bom, quem o faz e qual a sua história.
A arte está escrita em bom português
A mira está apontada para tudo o que mexe. Não vamos ser esquisitos: música, ilustração, teatro, poesia, dança e tudo o que te faça exprimir e criar.
Se por um lado queremos gerar um sentido comunitário, por outro sabemos que as pegadas deixadas pela arte independente têm várias formas de se exibir. No fundo não queremos que deixes de ver coisas bonitas, apenas porque não escolhemos a forma como nasceu. Damos um pequeno pontapé na bunda à especialização do consumo artístico. Esperamos que não te importes. 🙂
Com isto, sente-te à vontade para navegares pelos nossos conteúdos. Aliás, sente-te à vontade para desenhares os elos entre nós ou com os artistas. Queremos fazer parte da tua rede e vamos pintá-la com as melhores cores da arte independente.
Quem está deste lado?
O Paulo
Forma o seu primeiro grupo aos dezasseis anos, a banda punk rock açoriana Paradigma. Foi com este projecto musical que subiu a um palco pela primeira vez. Em 2003 funda a primeira banda punk hardcore Açoriana, os Resposta Simples. Em Agosto 2004 realiza o “Festival Acção Directa”, que contou com a presença dos Mata-Ratos. Esta seria primeira vez que viriam aos Açores.
Em Janeiro 2005 funda a primeira editora e produtora independente açoriana, a “Impulso Atlântico”. Em Agosto 2005 realiza a segunda edição do “Festival Acção Directa”, que contou com a presença de 4 bandas nacionais: Pointing Finger, Freedoom, Fitacola e Get Lost.
Em Março de 2006 edita a primeira compilação dupla portuguesa com 50 bandas alternativas do género Punk e Hardcore, o “Ataque Frontal”. Em Maio de 2008 edita pela Impulso o álbum de estreia dos Resposta Simples, Sonho Peregrino. Em Maio de 2009 é convidado a integrar a Associação Cultural JAÇOR, responsável pela produção do festival de verão terceirense Azure e co-produz assim, nos 2 anos seguintes, a 4º e 5º edição deste festival.
Em 2013 produz o “PUNK ROCK ATÉ AOS OSSOS!”, que contou com a participação de seis Repúblicas de Coimbra e, em 2014, conceitualiza e funda o “Cria’ctividade”, semana alternativa à praxe na Universidade de Coimbra. Em 2015 escreve o livro “Vida Suburbana” e vai em seguida para o Brasil. Ali viveu durante 2 anos (interior de São Paulo e Porto Alegre), onde trabalhou como professor de inglês e integrou uma comunidade circense.
O Paulo reside atualmente na Argentina, mais concretamente na Patagónia, onde trabalha com turismo e lecciona inglês.
O João
Por outro lado, o João Miranda, alentejano de gema. Foi um menino feliz em Grândola, terra com bafos de liberdade, que o libertou, aos 20 anos, para alargar as suas raízes.
Viu-se em Coimbra, em que não conhecer vivalma, se tornou uma oportunidade de conhecer toda a gente.
Viveu na República dos Kágados, onde conheceu o Paulo e outros tantos, que fizeram parte de uma história tão bonita. Tratou de perto com a cultura underground, frequentou clubs e festas boémias e interagiu com um mundo artístico que parecia não ter fim. Assim deslizaram 4 anos, suficientes para completar uma Licenciatura em História, na Faculdade de Letras.
Bom, enquanto Coimbra andava à roda, o futuro é linear. Saltou daquele círculo e voou para os Açores onde esteve durante seis meses. Bastou para que se tornasse num dos seus locais favoritos.
A ilha fez bem ao João. Estava realizado e focado e decidiu que o Porto seria a próxima paragem para continuar a estudar, onde frequentou o mestrado em Ciências da Comunicação. Foi durante este período que percebeu que lhe apetecia imenso viajar. Viajar a sério. Desenvolveu a capacidade para se organizar numa viagem de 8 meses e viveu momentos imprescindíveis para construir o que é hoje.
Voltou para o Porto e montou as tralhas de uma forma mais estabilizada. Tirou o curso de Marketing Digital, a apostar tudo numa comunicação que o fizesse feliz. Parece que resultou. Hoje é o Portugarte que o recebe e o João abraça o projecto, ficando de olho em toda a arte independente que circula pelo Norte do país.