E é já nos dias 2 e 3 de Setembro que ocorrerá na União Cultural e Recreativa de Boim (Lousada Distrito do Porto) O Inferno das Febras.
Para além da entrada com campismo gratuito, este evento promete-nos febras, vinho, cerveja e muito rock’n’roll.
A Portugarte falou com um dos seus organizadores, Carlos Sousa, sobre este festival.
Olá Cafi, como estás?
Ansioso, assim como toda a equipa, para abrir as portas do Inferno a toda essa gente que está para vir.

Como e quando surgiu este festival?
O surgimento deste festival acaba por ter uma mensagem muito peculiar e honesta. Começou por ser apenas um churrasco entre bandas da zona, com ideia de se criarem laços entre todos os músicos dos diferentes géneros e das diferentes gerações. De ano para ano as coisas foram evoluindo, desde a primeira edição em 2017, para o festival que é hoje.
4ª edição do Festival: o que vos leva a continuar e a levar esta ideia avante?
O feedback que o público e bandas nos deixam no final de cada edição. Sabemos que temos ali algo diferente, temos uma equipa de trabalho incansável, damos sempre tudo o que temos e o que não temos e principalmente a vontade de promover o Rock, em todos os sentidos que esta palavra possa tomar.
Sendo um festival de entrada e campismo gratuito, como consegue o Inferno das Febras continuar a ser realizado ano após ano?
Para além de contarmos com o apoio de alguns patrocinadores, o apoio logístico da Câmara Municipal de Lousada e da Junta de Freguesia de Boim, que sempre tiveram esta abertura para nos receber e ouvir o que tínhamos para dizer, e contamos com as receitas do bar para gerir as ideias que temos de ano para ano.
Sendo um dos últimos redutos da música mais pesada Independente portuguesa como têm visto o fecho de imensas venues e outros festivais históricos do mesmo género?
Dá-nos ainda mais motivação e resiliência para mantermos o Inferno aberto. Claro que nos entristece bastante porque somos consumidores dessas venues, mas preferimos sempre lidar de frente com o que está acontecer e marcar presença e apoiar ao máximos o que ainda se mantém de pé, da mesma forma como queremos que façam connosco. Visitem-nos e consumam dentro do Inferno.
O que vos levou para Boim?
Os quatro fundadores do festival já tinham uma sala de ensaios, amavelmente cedida pela direção da UCR Boim da altura, junto ao recinto do festival, que entretanto já não nos pertence e agora estamos numa sala, num bar em Freamunde que se chama Paranoid (visitem… é incrível e também vamos lá fazer uns quantos concertos).

Como foi para o vosso coletivo (LSD Bookings) ultrapassar o confinamento e todas as restrições impostas?
Não sofremos nem metade do que outras agências/empresas que fazem eventos de forma profissional. Tudo o que fazemos é sem fins lucrativos e completamente ideológico. Portanto, ficamos muito tristes de não podermos fazer o nosso trabalho e de não termos conseguido fazer todas as actividades que queríamos.
Quais são as vossas expectativas para esta edição?
São sempre as melhores. Este ano estamos a dar um passo em frente. Assumimos o festival com 2 dias pela primeira vez, estamos a trabalhar e muito para encher o recinto, receber o público da melhor forma possível, para termos as melhores condições para os artistas, bancas de merch, fotógrafos e para que tudo corra bem para quem nos visita no Inferno. Portanto as expectativas são boas, porque é tudo feito de coração.
O Inferno das Febras contará com atuações de KRYPTO, REDEMPTUS, BAS ROTTEN, PLEDGE, SOUL OF ANUBIS, MANFERIOR, SCATTERBRAINIAC, CAPELA MORTUÁRIA, BASALTO, PARIA, SPITGOD, ORANGOTANGO, THE GREAT FOOL, SUN MAMMUTH, GLASS EYED MOMMA e SULTURA e os DJS GON, DESTROKANOV, ANTONOV, PEDRO CERQUEIRA.