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Entrevista Andrage e apresentação do seu disco de estreia

Introdução ao álbum homónimo dos Andrage

Depois dos singles de estreia “Getting Wild”, “Sign” e “Stuck” Andrage lançam o seu disco homónimo de estreia. Disco marcado por uma explosão de vontade e criatividade dos 6 elementos da banda, Margarida Marques (Voz), Daniel Gouveia (Trompete), Humberto Dias (Bateria), João Heliodoro (Saxofone Tenor), José Rego (Baixo) e Pedro Campos (Guitarra).

Todos os elementos de Andrage vêm de backgrounds muito diferentes, bebem de influências que variam entre Snarky Puppy, Fleetwood Mac, Jamiroquai, Led Zeppelin, David Bowie King Gizzard & The Lizard Wizard. Isto leva-os a uma fusão de vários géneros que vão desde as sonoridades ligeiras do jazz, evidenciadas pelos sopros, passando pela energia electrizante que caracteriza o rock clássico, com vocalizações pujantes, culminando num êxtase avant-rock, fora da caixa e eliminando aspirações comerciais.

Este disco homónimo foi gravado e masterizado por Bruno Xisto no Black Sheep Studios em Sintra e tem data de lançamento marcado para dia 16 de Abril com o selo Throwing Punches.

Sobre os Andrage

Andrage são Margarida Marques (Voz), Daniel Gouveia (Trompete), Humberto Dias (Bateria), João Heliodoro (Saxofone Tenor), José Rego (Baixo) e Pedro Campos (Guitarra).

O projecto nasceu em 2017 e o seu nome é alusivo a uma planta nativa do território Alentejano, uma escolha que se deve ao facto de 4/6 dos elementos da banda serem naturais do Baixo-Alentejo. 

Esta planta serve de metáfora para as suas ideias e origens: delicadas à superfície mas bem firmes desde a base. Andrage já actuaram em palcos como Popular de Alvalade, Sabotage Club, Casa Independente e Cinema Municipal de Mértola mas também em festivais como o Caldas Late Night e o Festival Termómetro.

Entrevista Andrage

Os Andrage são uma fusão viva de diversas sonoridades e géneros musicais (fusão, avant-rock, rock clássico, entre outros) que, infelizmente, tais referidos géneros não se encontram nos tops de vendas portugueses, como deveriam. Na verdade, esta consciência musical encontra-se bem demarcada na vossa nota de imprensa, sendo que elucidam os media da eliminação das vossas “aspirações comerciais”. É de salutar a vossa qualidade musical e perguntamo-vos assim como tem sido a reacção do público português, perante esta vossa sonoridade e o lançamento deste novo disco?

Estando numa fase bastante emergente neste disco ainda não tivemos muito feedback do público português face ao lançamento. Tivemos no entanto, no passado, uma recepção exorbitantemente positiva nos nossos concertos ao vivo, notando uma clara surpresa e entusiasmo por parte do público.

Temos o orgulho da Throwing Punches já fazer parte da nossa comunidade portugartista, sendo que a Portugarte já abordou artistas como Tiago Plutão e Leo Middea. Querem falar-nos um pouco da Throwing Punches e comentar-nos sobre a vossa experiência do trabalho que desenvolvem com a Rita Sedas?

Estamos muito entusiasmados com o trabalho da Rita, ela tem sido crucial nesta fase, puxa por nós como artistas e como pessoas, parte por ela mesma ser artista e se identificar com os nossos desafios, tornando todo o processo de comunicação extremamente simples e ágil. Isto torna-se evidente face à enorme divulgação que tem sido feita até agora.

Os Andrage têm agendada uma apresentação ao vivo prevista para o início de Agosto na SMUP. Primeiramente, gostaríamos de saber o que esperam deste concerto e, em seguida, passado pouco mais de um ano de uma pandemia mundial, como vêm o desenvolvimento da arte e a cultura em Portugal nos dias de hoje?

Deste concerto esperamos, primeiramente, libertar toda esta nossa ânsia de tocar ao vivo que só tem vindo a crescer durante este período e de fazer um espectáculo que mostre o quão entusiasmados estamos com o futuro. Reconhecemos que a recuperação da normalidade da comunidade cultural ainda vai demorar, mas acreditamos que qualquer artista que persista e continue a divulgar a sua arte consiga vingar no panorama atual. 

Desde a fundação da banda, em 2017, os Andrage já actuaram em palcos como Popular de Alvalade, Sabotage Club, Casa Independente e Cinema Municipal de Mértola e também em festivais como o Caldas Late Night e o Festival Termómetro. Poderiam dizer-nos qual o concerto que mais vos marcou e quais as razões por detrás desta escolha?

Certamente o Sabotage 28 de Fevereiro 2019, muito pela relevância do espaço na música portuguesa, mas principalmente do ambiente que se criou entre nós e o público, tal era o entusiasmo, foi também a primeira vez que notámos parte do público a cantar o refrão da Getting Wild de cor como se fosse o nosso centésimo concerto o que só confirmou que estamos num bom caminho.

Redes sociais dos Andrage

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Last modified: Maio 25, 2021