A seteoitocinco volta a espalhar charme pelo Portugarte, como é habitual às Sextas-feiras e desta vez convida os Museum Museum.
Conhece o mundo encantado do duo de Setúbal, que acenta a sua musicalidade entre a pop e a música clássica, com um piano, uma guitarra e duas vozes muito bonitas.
Museum Museum
My Grandmother’s Words é o título do primeiro tema que o universo recebeu em 2018 e esta canção marcou a estreia do duo Museum Museum. Corria o ano de 2018 e os dados geográficos apontavam a cidade de Setúbal.
Marta Banza e Miguel Reis declaravam-se com uma valsa para se pronunciarem e, poucos meses depois, lançaram o seu segundo tema, By The End. Estava aqui, a melodia que nos oferece uma doce imagem bem descritiva sobre um milagre em tom de balada.
Bare Me Raw é a nominação do 1º registo, com 6 porções distintas de uma imaculada postura musical, que foi publicado em Março de 2019 e é obrigatório exprimir o quanto deve este álbum ficar para a história.
Para o entendermos melhor, questionámos aos dois tudo o quanto existe de bonito por dizer, na esperança de os voltarmos a ter… em 2021.
Sete espaços onde sonham tocar
- Tivoli
- Theatro Circo
- Gulbenkian
- Bons Sons
- Teatro Cinema de Fafe
“Não nos ocorre mais nenhum especificamente, mas qualquer local envolto em natureza e num ambiente íntimo, parece-nos um local de sonho.”
Oito músicas que os dois, consensualmente, apreciam?
- The People and I, Benjamin Clementine
- Gymnopédies, Erik Satie
- Speak, The Chariot
- Stars, Janis Ian (versão da Nina Simone)
- One Summer Day, Joe Hisaishi
- On The Nickel, Tom Waits
- Laura, Jay-Jay Johanson
- The Story of an Artist, Daniel Johnston
Cinco projectos/artistas com que gostavam de dividir palco?
- The Swell Season
- Júlio Resende
- Rodrigo Leão
- Patrick Watson
- Kimbra
“É difícil escolher… Damos 5 exemplos de artistas que nos inspiram, mas o importante para nós é partilhar o palco com quem vive a música genuinamente, seja de que género for.”
Digam-nos uma ideia que possa ser aplicável e capaz de contagiar as pessoas a olhar, um pouco mais, para a música nacional?
“Sentimos que umas das coisas que cria afastamento entre as pessoas e a música nacional é a pouca valorização da diversidade de artistas que já existe em Portugal, mas que não conseguem aquela “janela de oportunidade” para se darem a conhecer.
No fundo, isto poderia combater-se com mais programas como o “Elétrico” (RTP) e menos como o “The Voice” (RTP). Aplicar o conceito, por exemplo, às várias regiões de Portugal para, inevitavelmente, abranger artistas que têm muita qualidade mas não furam no mercado. A ideia, no fundo, é que quanto mais de nós mostrarmos, mais será consumido. Educar sem ser condescendente, habituar sem forçar.”
Playlist
Nesta edição número 3, colocámos três questões aos Museum Museum e acrescentámos um desafio para uma resposta solta. Este foi o testemunho de retorno das elegantes e deleitáveis suas palavras.
Bem vindos ao universo que sonoriza a natureza dos Museum Museum
1) Museum Museum – By The End (‘Bare Me Raw’ – EP / 2019)
2) Daniel Johnston – Story of an Artist (‘Don’t Be Scared’ – LP / 1982)
3) The Chariot – Speak (‘One Wing’ – LP / 2012)
4) Museum Museum – Melting Clocks (‘Bare Me Raw’ – EP / 2019)
5) Benjamin Clementine – The People and I (‘At Least For Now’ – LP / 2014)
6) Jay Jay Johanson – Laura (‘Cockroach’ – LP / 2013)
7) Joe Hisaishi – One Summer’s Day (‘Encore | Spirited Away’ – 2002)
Links dos Museum Museum
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