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ENTREVISTA “O OURIÇO GAGEIRO”

“O Ouriço Gageiro” é o novo projecto de Hugo Gageiro. O cantautor é um talentoso guitarrista e, por vezes, também um virtuoso vocalista dos Complexo d’Épico, Limon Morado e Ww3.

O Ouriço Gageiro

O Ouriço Gageiro” é o novo projecto de Hugo Gageiro. O cantautor é um talentoso guitarrista e, por vezes, também um virtuoso vocalista dos Complexo d’Épico, Limon Morado e Ww3.

Depois de anos a percorrer os trilhos do underground de Coimbra, onde bebeu a essência dos seus vinhos musicais, “O Ouriço Gageiro” finalmente se apresenta ao público lusófono.

Com uma sonoridade que apresenta influências artísticas que percorrem caminhos musicais desde Elliot Smith, John Frusciante, Dirty Projectors passando por Filipe Sambado e Lena D’Água, uma coisa é certa:O Ouriço Gageiro” está pronto a picar todos os que queiram ouvir.

Quem é o Hugo Gageiro e como o seu alter-ego, “O Ouriço Gageiro”, encontra uma materialização artístico-musical nesta persona?

Bem, o Hugo Gageiro sou eu e por isso mesmo o “Ouriço” é simplesmente uma extensão da minha persona, mais especificamente, é onde eu encontro mais facilidade em expôr e criar a minha música, em português.

O “Ouriço Gageiro”, sendo um nome que fez tanto sentido para mim (a minha mãe chamava-me quando pequeno) tornou ainda mais fácil dar mais de mim na minha música.

Há já muitos anos que és conhecido por ser um melómano e um dedicado guitarrista. Quais foram as principais motivações que, após tantos anos de andanças no mundo das artes independentes, impulsionaram-te finalmente a apresentar ao público o teu trabalho?

Ora, muito obrigado pelas palavras carinhosas. Então, vontade não me faltava, a motivação sim e com a falta de motivação vem também a falta de trabalho para expôr.

“Graças a Deus” (que sou ateu – referência ao portugarte #3) que tenho amigos no mundo artístico que me incentivaram para fazer mais e me “obrigaram” a fazer a minha primeira banda em 2016 e a tocar ao vivo para, eventualmente, ganhar confiança para assumir este projecto.

Como repúblico da promotora cultural Real República Rápo-Táxo, podes explicar-nos como a frequente realização de concertos, e o consequente contacto com a arte independente e “underground”, deram forma àquele que viria a ser “O Ouriço Gageiro”?

Entrei nesta bela saga república em Outubro de 2011 e esta aventura deu-me mais do que alguma vez poderei dar de volta, na capital (Rapó-Taxo) realizamos diversas actividades sócio-culturais e nesse âmbito, após a criação do Cria’ctividade (pelo qual devemos imenso ao Sr Bettencourt), as responsabilidades culturais ficaram mais sérias e a experiência acumulada deu-me confiança para assumir a responsabilidade de me apresentar ao público.

O minimalismo e o contacto com a natureza são dois elementos que marcam presença nos teus videoclipes. Qual a essência e simbolismo que podemos descortinar por detrás destes?

Oportunismo basicamente, um amigo, o João Mogas, perguntou-me se estaria interessado em gravar umas versões das minhas músicas ao vivo e foi exactamente isso que fizemos com um live no campo.

De acordo com a nossa perspectiva, “O Ouriço Gageiro” acaba por definir-se como um cantautor nacional independente.

Estabelecemos deste modo um paralelismo com o “The Legendary Tigerman” que, no seu início, encontrava a sua inspiração musical através da fórmula de um “one-man-band” e que, com o passar do tempo, o guitarista conimbricense acabou por incorporar outros artistas ao seu projecto.

Assim sendo, questionamo-nos se a tua arte encontrará uma colaboração com outros músicos, num futuro próximo?

É mais ou menos isso, considero-me um cantautor nacional independente, o facto de tocar sozinho resulta simplesmente por faltar montar muito bem as músicas e arranjar malta disposta a tocar e a gravar comigo.

Por enquanto é tudo feito no meu quarto, no Audacity, a escrever canções deprimentes sobre amor e tal.


Contacto “O Ouriço Gageiro”


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Etiquetas: , , , , , , , , Last modified: Agosto 20, 2020